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Bem-vindo (a)
Pretendo publicar aqui, em letras e rimas, tudo que vem das minhas sensações a cada dia que passa. Meus medos, minhas fraquezas, meus risos juntamente com meus ápices. Neste espaço quero divulgar o meu trabalho e também, proporcionar uma oportunidade aos poetas e escritores, conhecidos ou não no mundo literário, de expor suas opiniões e seus escritos, todos os apaixonados por esta forma maravilhosa de arte serão bem vindos.
Já está a venda em Portugal, Brasil e os países lusófonos.
Em breve estarei lançando meu novo romance LEVE COMO O VENTO
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Publicação by Vera Lucia da Fonseca.
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Além daqui...
Pode ser que o céu esteja azul,
nas intensas madrugadas,
os sonhos fiquem mais vivos,
e ao dormir, eu consiga navegar,
nos arredores do teu amanhecer...
Talvez o gosto do café seja diferente,
e mesmo sem entender este estranho paladar,
considere aceitar que o amargo pode ser bom,
pois somente assim, posso provar que na vida,
as indefinições de alguns sabores adoçam a união...
Porém, se tão distante eu não conseguir chegar,
levarei junto na bagagem, mais que um desejo,
a experiência maravilhosa de quando em ti vaguei,
querendo dos teus lugares, apenas um porto,
onde eu pudesse ancorar, não as minhas dores,
mas, apenas a vontade, de ver que em teu rosto,
um lindo sorriso, eu conseguisse fazer nascer...
Vera Fonseca – 28/08/2012
Inspiração é deixar o sonho voar...
Um caminho sem rota...
Saber onde começa ou termina um amor,
É como jogar pela primeira vez e querer ganhar,
Entrar de cabeça e apostar todas as fichas que não se tem,
Ou, degustar o mais raro dos alimentos,
E nausear por não saber sentir o sabor...
Praticar esporte sem disciplina,
Inventar uma receita sem ingredientes,
Imaginar que contenha em si o absurdo desejo,
O maior de todos, muito puro e tanto cobiçado,
Como o florescer de rara e linda planta,
Em terreno nunca irrigado...
Querer talhar na madeira,
Uma obra de arte inteira,
Aquela que salta aos olhos,
Do estranho que não sabe,
Mas pressente a criação,
Plena nos fundos traços,
Serena nos embaraços...
Aprender a abrir portas,
E até a guardar segredos,
Como se fosse o ouvido,
Daquele que foi esquecido,
Pelos sons não tão divinos,
Restava-lhe apenas uma nota,
Escondida na conhecida rima,
Feito carta marcada,
Um caminho sem rota...
Verafonseca
05/04/2012
Tela de Claude Monet
Impression Sunrise (1873)
Dança de letras...
Neste começo de outono inovarei,
juntarei belas palavras com flôres,
harmonizando dengosamente as rimas,
quero que o teu bailado fique ligeiro,
invento o deslizar das notas neste passeio...
Ao ouvir este iluminado som,
talvez você sinta um arrepio,
também pode ser que não,
como fuga imaginária,
seus passos leves,
sorrateiros
Rodopiam...
Verafonseca
23/03/12
Aqui jaz uma página vazia..... 22/08/2011
Hoje pensei que faria menos frio, aí percebi que o gelo não vem do tempo, ele está bem vivo, dentro da solidão que habita em meu íntimo, apesar de não saber lidar muito bem com isto, tenho que aprender a adaptar-me, ou, corro um grande risco de afogar-me no grande vão criado pelo teu esquecimento.Não entendo como as pessoas conseguem apegar-se, em uma entrega vista como verdadeira, e, em pouquíssimo tempo simplesmente apagam de si os mais variados sentimentos, inclusive o que eu chamaria de amor.Pode ser apenas um reflexo imaginário do que sinto no momento, mas, penso que sou muito insegura, não consigo manter o que qualquer um chama de “constância”, deve ser por isto, não me considero uma pessoa qualquer, estou sempre oscilando entre correr para dentro de uma núvem branca, linda e isolada neste imenso céu que ainda poderia ser azul, ou encolher-me e desaparecer, ficar escondida atrás daquela pequena e distante montanha, que não está em nenhum mapa, é o meu refúgio particular.Penso que a tristeza pode vir de algum karma do passado, quando menos espero, vem de assalto, sempre deixando os meus olhos marejados, este monstrinho deve depois sair correndo, saltitante e vitorioso, diverte-se ao ver o que restou de mim, um ser abarrotado, uma mulher que poderia ter sido, mas não é, semelhante ao nascer de uma rara flor, maravilhosa e feliz, mas muito breve, algum desavisado não viu que a sua beleza só resistiria enquanto viva, puxou-a pelo caule, interrompendo o que poderia ser uma delicada e colorida existência, porém, é tão iluminada, que mesmo assim seria perpetuada, pois havia antes sido marcada, em letras e versos apaixonantes, ou, em infinitas e resistentes imagens fotografadas, não é fácil apagar esta sutil arte assim...Bom, agora não tem outro jeito, vou buscar o aquecimento em minhas próprias vestes, um casaco de lã bem quentinho, acompanhado de um bom vinho e um gorro macio, não posso usar luvas, pois minhas mãos devo deixar sempre livres, elas, carregam meus dedos, e com eles os meus mais loucos desejos e fantasias, enquanto deslizam nas teclas, sonham acarinhar a tua pele macia, conseguem achar um atalho, e mergulhar em tuas revoltas águas...Veja agora quanta confusão, quando penso em você fica mais claro o meu sorriso, me vejo criança pulando corda, andando no mato descalça, usando e abusando da liberdade, como é bom ser livre e comer um doce, se lambuzar de chocolate, deixar escorrer da boca o delicioso sorvete, e misturar com estes sabores todos, a vontade louca de ter o poder de misturar os lábios, escorregar em teu pescoço, e de muito leve deslizar minha lingua junto com a tua...Então, não mais um “jaz aquí uma página vazia”, vou trocar por um “eis de novo o nascer de um desejo, de ser, ter e fazer”...
Verafonseca
22/08/2011
Reinventar
Ontem corri, pensei estar fugindo de mim,
senti ter o desamparo como companhia,
uma necessidade de caminhar sozinha,
e foi um longa e restrita jornada...
Visitei ruas cheias de gente,
sem conseguir definir as expressões,
eu que tanto me importo com o mundo,
achei aquelas faces parecidas com o dia,
pessoas nebulosas de aparência cinzenta...
Espiei muitas vitrines procurando não sei o que,
não sabia mais distinguir o belo do fútil,
nem notei se eram as cores do nada,
no fundo estava buscando,
jogar fora o que me sufocava,
aquele espaço que você plantou,
esqueceu de regar e não germinou,
justo quando te entreguei meu coração...
Passei pela longa e tediosa tarde sangrando,
fiquei surda para o mundo, só ouvi o meu vazio,
melhorei ao ver o escuro da noite a me encobrir,
com a alma escondida atrás desta imensa cortina,
mudei a plataforma e desviei desta coreografia,
abri o peito para receber o socorro do mundo,
tive que fazer um esforço danado,
pra rasgar meu peito e retirar de dentro,
a semente tua que morreu de sede,
e esqueci de fechar a porta...
Senti-me livre e forte novamente,
inspirei longamente o meu próprio perfume,
viajei na boemia e me entreguei de presente,
assim, falei, falei até não conseguir mais,
coloquei minhas verdades na mesa,
joguei em ouvidos carentes o que sei fazer,
dizer tudo que há de semelhante nos seres,
de quando a felicidade pode chegar de repente...
E assim amanheci mais leve,
enfrentei a dor com ousadia,
mas não pense que desisti,
vou preparar melhor o terreno,
trocarei o fertilizante e o arado,
já que aquí está sempre chovendo,
você vai sentir o que espera por ti,
tenho ao meu lado a materia prima,
costumo chamar de persistência,
ouço sempre o aviso de algum anjo,
e agora sei que é você, então, paralisei o tempo,
quando vem este sentimento não há outra opção,
se você quer de verdade a outra alma,
e a ternura acendeu a tua chama,
é melhor acreditar e esperar,
enquanto isto reinvento o meu querer,
sabendo que não há segredo,
é só amar, e amar...
Verafonseca
18/08/2011
Encontrei uma nova forma de amar...
Quero falar com você...
E te dizer tudo que guardei nestes versos para ti,
não farei mais rodeios, pois agora este desejo tomou posse do meu ser,
tento descobrir alguma fórmula mágica que faça você perceber o teu amor em mim,
mesmo sabendo que não existem segredos escondidos pra esta sintonia continuar,
estou abrindo todas as portas que possam atrair o teu santificado gostar,
a fertilidade de minha imaginação agora virou uma grande confusão...
Acho que vou inventar uma aura imantada e cercear o teu espírito,
depois vou te mostrar como é a saudade do teu calor que ainda não senti,
claramente soprarei em teu ouvido a enorme importancia de ter você aqui,
agora eu te beijo em sonho lento que teima em ter um gosto sabor de mel,
amanhã deslizarei meus lábios em teu corpo escorregando como água cristalina,
quero deixar muito claro a seriedade destas minhas indiscretas e nobres intenções,
não me importo mais com o que poderia ser certo, errado ou imperfeito,
sei que posso me esforçar e fazer o teu mundo virar um salão de festa,
onde a gente pode brincar de esconde-esconde embaixo das cobertas,
e após a dança do amor, relaxar e dormir em posição de cadeirinha...
Nunca lembro das piadas engraçadas que ouvi,
mas depois de você anotarei todas só pra sempre te ver sorrir,
pois teu sorriso tem mais brilho que noite de lua cheia,
me deixou tonta e perdida, até agora não sei onde estou,
talvez tenhamos trocado nossas almas de lugar,
e se for assim será mais fácil você acreditar,
pois estando aquí vai poder de perto sentir,
como o teu sangue está correndo em minhas veias...
Se este meu louco plano não der certo,
tentarei algo como uma transmutação,
quero virar um enorme animal alado,
e voarei tão rápido ao teu redor,
e de tanto rodopio farei você levitar comigo,
com audácia realizo o que possa ser um destino,
eu estar do seu lado não precisa ser loteria...
Se a gente quizer tudo pode ser verdade,
como ouvir o som de um violino,
e dançar de rosto colado,
isto é o que me basta...
Você com esta alma de poeta,
inspirou em mim tão bela canção,
onde as letras ficam com mais harmonia,
desenhando o perfil do teu colorido solo,
que agora alimenta o meu novo instinto,
percebi o que vim fazer neste mundo,
criar um imenso e belo caminho,
coberto com flores do campo,
e sentar na grama ao lado,
esperando você chegar...
Verafonseca
13/08/2011
Achei que estava buscando palavras,
mas elas já estavam em mim,
grudadas em meu corpo,
letra por letra...
Pensei em encontrar um tom mais suave de voz,
que pudesse disfarçar o meu louco nervosismo,
e este também estava aquí,
eternamente comigo...
Troquei a roupa mil vezes,
branco, preto, incolor,
ou escandalosamente vermelha,
ajuste inútil, teria que renascer...
Tomei a garrafa de vinho inteira,
depois quebrei as taças,
pensei que daria sorte,
ilusionando meu norte...
Aumentei o volume e dancei,
só as minhas músicas favoritas,
senti fome e degustei demais,
quis mergulhar e quase me afoguei...
É assim que eu fico sem você,
completamente perdida,
naufragando na vida...
Verafonseca
13/06/2011
FALAR PRÁ QUE?
Queria que nossos olhos fitassem a mesma direção,
como uma noite em que a lua cresceu,
deixando um brilho no mar.
Sabe aquela coisa da gente gostar da rua?
E depois bem devagarinho tentar carinho?
Ou então correr no gosto da mesma boca?
São cores, riscos e rabiscos,
são brilhos e desenhos do olhar,
é a música que ouço serena,
em tua sala de estar...(Janis Joplin)
E depois, antes e durante,
você diz que não vai demorar,
vai fazer tudo certinho,
poderemos até dançar...
Aí a conversa pode rolar solta,
mas, só quando você chegar,
pode ser a estação do amor,
ou o gozo plantado no ar...
Vera L. da Fonseca
Melodia
Guardei um canto do meu colo prá você repousar,
pois em meus pensamentos sempre estou a te esperar,
sei dos meus sonhos tanto quanto desconheço os seus,
então gravei no inconsciente uma porta eternamente aberta,
fiz de conta que não vi todas as vezes que você passou,
até escondi o olhar em algum absurdo canto escuro,
temendo que a minha armadilha agora tão escancarada,
ficasse ridiculamente exposta aos caprichos seus...
Achei desumano este teu jeito amável de ser,
com todas as respostas que eu ansiava ouvir,
perturbando a insegurança que eu fingia não ter,
entre sorrisos encobertos pelo meu louco querer,
como se o teu mundo fosse infinitamente distante,
apesar de os nossos paralelos possuírem a mesma cor...
Busquei resquícios em alguma antiga história,
que comprovasse não podermos ter estes limites,
revirei todos os trechos dos maiores profetas,
tentando encontrar um mero sinal de tua luz,
procurei em meigas e esquecidas rimas,
um pedaço do romance que te pertenceu...
Agora descobri que o destino não é o responsável,
pelo que possa no futuro nos acontecer,
então continuo em teu percalço,
mesmo de longe sei do poder da gravidade,
alimento a minha alma com esta vontade de te ver,
olho prá frente e o que vejo são pequenos desalinhos,
formando imagens em lentos e parcos movimentos,
deixo o vento sussurrar tudo o que eu preciso,
porque depois de você jamais poderei ser só...
Verafonseca
estou sempre buscando uma nova luz que me inspire, as vezes fico perdida nas rimas, em outras deslizo nos túneis dos versos, vou e volto procurando um caminho, alguma chama que faça brilhar a minha própria confusão....
"alguma chama que faça brilhar a minha própria confusão"
Ah, essas almas poetas, transbordando de inquietudes e desassossegos e descaminhos...
e em cada tropeço criando novos motivos pra se reinventar, descobrindo sempre algo mais doce, semelhante a luz, que imaginei encontrar em seu olhar....
aí quem sabe neste desafio, descubro onde esta a chave e....
é assim, quando acontece é igual a um voo livre, nunca se sabe, quando vamos aterrissar....
Cuidar de mim.......
Sonhar que se é águia pode até ser comum,
correr até pegar o embalo e saltar do lugar mais alto,
deixar o corpo planar é fácil, mas, e depois, onde estão as asas?
Quero só desta passagem uma aventura assim,
correr muito, encarar este infinito de possibilidades,
olhar de frente, saber onde ancorar a minha enorme coragem...
Fazer com que este voo tenha um alcance infinito,
e do alto do meu céu eu consiga comungar com o dialeto uno,
onde a gente se entenda sem precisar sequer emitir o som da voz...
Será a comunicação perfeita, uma nova criação, ou mera lembrança,
de algum tempo onde havia muito mais luz, até o querer era muito diferente,
um existir sem apego, e o sentir situe-se apenas no perceber que o ar entra e sai...
Mantenedor de nosso corpo, ou o grande fantasma a aprisionar a nossa existência,
como se a vida estivesse restrita ao respirar, e todos os seus outros complementos carnais,
e a música apenas permanecesse para nos lembrar, antes de estarmos hoje aqui, já havíamos sido...
Durante este arriscado passeio poderíamos até ousar,
vestir o sonho de um antigo lugar sem doença e desamor,
nesta fantasia o paraíso, seria somente um lugar purificado,
liberto da roupagem humana, sem nenhum dos pecados da cor,
este grande espaço que nos lembraria, onde há amor, não há a dor...
Verafonseca
14/09/2011
Nos traços da dor desenho o amor...
Pegar um carvão e com leves toques traçar a tua silhueta no papel,
ver surgir a cada risco o nascer de um corpo em louco repouso,
esfumaçar cada sombra com os dedos criando o movimento,
fazer deste mágico momento o rastro que vem do teu olhar...
O mais difícil é ver você apenas com os breves raios do luar,
minha visão apesar de imperfeita, consegue do vago imaginar,
pois trás consigo o antigo sonho aliado, repleto de lembranças,
então, aos poucos vejo nascer a bela arte em forma de você...
Me afasto para olhar melhor o objeto claro do meu desejo,
minhas mãos sujas de preto fazem parte deste belo quadro,
coloco mais lenha na fogueira, preciso clarear os defeitos,
talvez esteja faltando um pouco mais de brilho em seus olhos...
Sei que quando existia um sorriso, eles pareciam duas estrelas a dançar,
mas, também no oposto, quando ficavas triste era como um clarão a faíscar,
deixando a mostra todas as dores de seus dissabores imersos em lágrimas,
agora, para conseguir captar todos estes movimentos, teria que ir mais longe,
no mínimo virar o teu espírito do avesso, e inventar um jeito de te controlar...
Fico horas assim, perdida neste foco, sempre insatisfeita, achando poder melhorar,
mais um pouco de cinza em um dobrar da curva no queixo, ou escurecer o joelho,
afinar devagar os labios, contorno levemente os ossos salientes do teu colo,
riscos e rabiscos, que traduzem muito além do que poderia ser apenas uma imagem...
Verafonseca
24/09/2011
Ira
A linha tênue entre a mentira e a obviedade,
O sangue que acelera apressando o grito,
É a grande dor mostrando a cara,
A frieza de ver alguém vazio,
Uma pessoa oca,
Atuando o nada...
O engano sendo breve,
Representa que no fundo,
Há sempre a outra porta,
De onde se vê a única saída,
Uma grande luz de mudança,
Que trace todas as rotas,
E me ensine a aceitar,
O que não serve mais,
Deixo ali, estático,
Frio e fraco,
Insensível,
Inútil...
Verafonseca
02/03/2012
Atrás da minha inspiração...
Quero de volta a minha inspiração, onde você se escondeu? Fugiu do Frio? Levou todas as minhas letras junto, justo aquelas que formariam as mais belas palavras...
Sabe o que eu vou fazer agora? Mudarei a rota, seguirei em outro embalo, dançando a melodia perfeita do saxofone, sei que assim, encontrarei você logo ali, perdida nos becos escuros da vida..
Trarei você de novo, levarei uma bolsa enorme junto, será o meu auxílio, pois, este abecedário é bem pesado e escorregadio, desliza, quando percebemos o A saiu correndo, é muito rápido, e o M então, não conheço ninguém mais ligeiro, sai em disparada e se esconde atrás do O, este é meio lerdo, sempre se deixando usar, fica ali, embasbacado feito um pedestal, mas o R é um aliado, com toda a ternura me ajuda, então eis a primeira junção: AMOR...
Aos poucos vou alcançando letra por letra, pois, depois de feito isto, a missão é complicada, ainda mais que já foi dada a largada, de encontrar uma união sagrada, pra fisgar o seu coração...
Continuo a sua procura, nem os pontos sei onde estão, a vírgula foi traiçoeira, me deu rasteira e sumiu na contramão, o ponto também me enganou, fingiu ser ponto final quando era somente um réles pontinho, minúsculo, inexpressivo...
Então resolvi buscar amparo nas retiscências, estava sem sorte mesmo, ficaram brincando comigo, se embolando, tipo brincadeira de bobo, me largaram dentro de um labirinto...
Segui confusa e sem direção, do meu lado a chata e grande interrogação, só para não deixar eu me esquecer, que estava seguindo você...
Passei próxima do ponto e vírgula, e resolvi me vingar, fingi não ver as suas frescuras, buscando a tola divulgação, ficou batido, hummmm minha sorte começou a mudar, mas, onde foi parar a minha inspiração?...
Quando cheguei perto de um perigoso precípicio, enfim tive uma pequena e crucial ajuda, a exclamação jogando-se aos meus pés, implorando a minha iluminação, gritou teatralmente, que eu não seguisse em frente, estava precisando mesmo, é de um passeio na Redenção...
E assim, eu vou, brincando com as letras que me restaram, negociando em alguns pontos, mas, sem sacrifício, não tolero mais os inúteis artifícios, ainda mais que neste novo vocabulário, as tremas coitadas foram eliminadas, e o tolo do acento circunflexo, já quase não serve pra nada...
Enfim, continuo buscando você, minha tão doce e importante Inspiração...
Verafonseca.
21/08/2011
Preciso te convencer...
Preciso te convencer...
De que está sendo real todo este magnetismo gritando e nos empurrando cada vez mais perto,
não pense que é só você a sentir o fantasma do medo rondando, será que vai dar certo?
E outras paranóias assim, isto vem de nossa insegurança que se diverte criando estes monstrinhos...
Então, só para te fazer relaxar, hoje pretendo criar um outro universo para me fazer ouvir,
um lugar calmo e iluminado, e vou te puxar pelas mãos, este é o nosso novo caminho,
a partir de então não existirão mais sombras de nenhum passado,
vamos deixar para trás o que não interessa mais, pois,
se começamos agora, não tem outro jeito,
devemos dar o primeiro passo,
é o jeito certo de a gente andar,
e chegar ao cantinho,
onde vamos,
namorar...
Sei que vai haver resistencia, mas, se for de outras pessoas não me interessa,
acho que você também pensa assim, senão não teríamos tanta semelhança,
este nosso sentir agora está muito próximo de virar uma única fusão,
é uma certeza tão grande, acendendo todo o fogo que andava apagado,
habitava em meu íntimo, mas, escondia-se atrás do meu coração...
Vamos deixar entrar esta alegria de gostar e se enroscar novamente,
mesmo estando longe, só de pensar em você pareço uma tonta,
acordo cantando e sorrindo, é uma alegria encantada,
nem ligo mais se faz frio, se há sol ou está chovendo,
creio que agora encontrei o meu real sentido,
que nunca vai me deixar doente,
é o balsamo mais puro,
que sempre sonhei,
receber de presente...
É você, sim, deste jeitinho meio carente,
parecendo uma gaivota assustada,
procurando um novo continente,
não se preocupe e pouse aqui,
deita feliz em meus braços,
sou o teu porto seguro...
Cheguei para ficar, pode acreditar...
Verafonseca
16/08/2011
Dançar
Primeiros passos
um trecho distante,
pedras e riachos em comunhão,
deslizes ao lado de perdizes livres,
andar a esmo e continuar a busca confusa,
como guerreira levitar e admirar as batalhas,
não por covardia ou tentativa de se preservar,
mas, só na lentidão de conhecer a fraqueza de seus passos,
deixar que a sua alma busque a solidão de querer algo mais breve,
afinal, apesar de todo o cansaço, ainda consegue ver a luz do antigo castiçal,
cada lume brilha como raio, acendendo os seus desejos loucos e descontrolados,
sente a vontade absurda de brincar e rodopiar, com passos seguros, ligeiros e soltos,
o sentimento outrora prisioneiro, agora livre, em sintonia com o doce solo de continuar,
assim, segue bailando, freneticamente, inconsciente, conjugando o antigo costume de acasalar...
O passado e seus amores agora são personagens atuantes dentro da profunda coreografia,
da legião de fantasmas com alegorias históricas e cores respingadas de púrpura sanguinolenta,
agita o manto negro ao deixar transparecer a palidez de suas vestes transparentes esbranquiçadas,
embora sem vinco tem o movimento perfeito do objeto claro e contínuo de ser do mesmo conjunto...
De seu semblante percebe-se um grito angustiado pedindo socorro,
como se dos seus olhos brotassem um jorro furioso e incrédulo de querer o impossível,
ou ainda um rasgo de esperança nutrido por um resto de força que julgara já haver perdido,
em seus gestos não havia sequer um desespero que lembrasse algum vestígio derivado da dor...
Quando os seus braços se erguem e as mãos batendo palmas criam uma nova percursão,
nota-se que é um chamado absurdo e sensual como se para lembrar de aprisionar algum sonho,
ou divulgar a insanidade de assumir que a carne com seus delírios apetitosos ainda anseiam,
o poder de saciar a fome excitante, de que enquanto há aquela carga de corpo naquele espírito,
dever-se ia e poderia, continuar a nobre busca de degustar o mais fútil de seus segredos...
Assim, ao admirarmos a beleza de tão linda melodia daquela infinita cançao,
perceberíamos que o acalanto de sons poderia ser apenas a perpetuação involuntária,
daqueles não tão merecíveis, mas, tampouco indígnos, porém, ainda assim humanos desejos,
pois, mesmo não sendo os nossos próprios sentidos, foram arrancados de nos, como o arranjo fosco,
o arrepio de quem hoje se esconde em outras baladas, e, a dança, não é mais que um artífice trancada na arte...
Dissimulando com o balançar, tecendo uma teia perfeita, onde o gozo se espera supremo,
e o amor, não seja aquele tolo veneno, que nos deixa com o corpo mole, a boca sedenta, buscando algum beijo, fantasiado milhares de vezes, e o abraço não fosse tão vazio...
Meu sonho e o teu, ou, seríamos?
Apenas mais um breve dançar...
Apenas mais um breve dançar...
Verafonseca
Precisando de Imóvel em Miami?
Procure quem entende do assunto,
Victoria é brasileira e reside em Miami há
muitos anos, é corretora de imoveis.
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Poemas
Eis-me
2011-05-27 21:52Vale a pena ler o texto de Sabrina
2011-05-16 19:10Poesia é arte...
2011-05-13 14:01Eu e as minhas rimas olhando você...
2011-03-08 17:56Atenção visitantes, dê uma olhada nas fotos,
solidariedade sempre...
Lançamento
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